Usaria D’us o DNA pra trazer seus filhos de volta a Sião?

Usaria D’us o DNA pra trazer seus filhos de volta a Sião?

O profeta Jeremias diz: “Voltai, ó filhos pérfidos, diz o Senhor; porque eu sou como esposo para vós; e vos tomarei, a um de uma cidade, e a dois de uma família; e vos levarei a Sião…” ( Jer 3:14).
Já o profeta Ezequiel diz: “Pois, vos tirarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra (…) e deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei (Yeshua) será rei de todos eles(…). Assim eles serão o meu povo, e seu serei o seu D’us. ( Ez 36:24;37:22 e 23).
O Rei Davi diz: “Sim, de Sião se dirá: Este e aquele nasceram ali; o próprio Altíssimo a estabelecerá. O Senhor, ao registrar os povos, dirá: Este nasceu ali!”( Sl 87:5 e 6)
Não é muito difícil perceber que estamos entrando no tempo da restauração de todas as coisas, como está registrado em Atos 3:21, das quais D’us falou pela boca dos profetas, desde o princípio.
Estamos vendo a restauração do Estado de Israel, a grande volta dos judeus espalhados pelo mundo ao Éretz Israel, a reconexão da Igreja gentílica a Israel e às suas raízes, sobretudo, o renascer forte do movimento judaico-messiânico, principalmente em Israel.
Também podemos ver a redescoberta de muitos dos filhos dispersos de Israel; resquícios das tribos perdidas que começam a ser identificados pelo próprio Governo Israelense, como os supostos “B´nei Manashe” (da tribo de Manassés) na Índia, os judeus etíopes, os Bantu no sul da África, os “Marranos” íberos-latinos americanos, dentre outros.
Será que D’us já estaria restaurando as tribos perdidas de Israel? Não seria este fato um dos pré-requisitos para a vinda do Messias, conforme dito pelos profetas? Não estariam esses fatos correlatos com o crescimento dos judeus messiânicos ao redor do mundo, os remanescentes da Casa de Israel (Rm 9:27)? Sem sombra de dúvida que sim. Com certeza, nossos olhos podem ver D’us restaurando a terra de Israel, trazendo de volta seu povo escolhido e preparando uma Igreja nova para o Messias, onde judeus e gentios serão uma só família (Ef 2:19), sem mais o muro de separação entre os crentes em Yeshua e os judeus messiânicos. Um só Corpo, uma só noiva e, num futuro próximo, uma só esposa!
Nesse contexto, vejo a Igreja (em parte) sendo restaurada e voltando às suas raízes bíblicas e judaicas. Mas, o que estamos vendo em Israel além do infindável conflito árabe-israelense? Diria que D’us está falando a todos e de tudo por diversas maneiras. Pergunto a mim mesmo: – Como D’us faria esse retorno de mais de 12 milhões de judeus que ainda vivem fora de Israel? E, se considerarmos agora a inclusão de outros milhões e milhões de descendentes de judeus espalhados pelo mundo, miscigenados entre povos, assimilados por inúmeras e outras culturas pagãs?
Pessoalmente, vejo D’us agindo por partes e simultaneamente em várias etapas da restauração. Mas, por onde começar a restauração com os descendentes da Casa de Israel? Tentando entender a mente divina, talvez, Ele deveria começar a restaurar e a chamar aqueles filhos de Israel que estivessem mais distantes e assimilados, geneticamente, das leis e tradições de Israel. Os judeus ortodoxos são na verdade o oposto desse distanciamento, pelo menos em termos de um judaísmo milenar. Assim, creio que D’us terá critérios para chamar seu povo de volta. No versículo citado, Jeremias vê que D’us não chamará a todos. Tomará um de uma cidade e dois de uma família. Evidentemente, não creio que o sentido deste verso seja passível de uma interpretação literal. Mas, com certeza, D’us está nos dizendo que Ele é quem vai escolher os Seus filhos de volta, quer os que estão mais próximos geneticamente ou mais distanciados pelas mutações da miscigenação. Paralelamente, vemos D’us empregando o critério da fé em Yeshua também. Basta ver as autênticas revelações da Palavra, das tradições e do cumprimento profético que se passam nas verdadeiras congregações judaico-messiânicas espalhadas pelo mundo e no próprio Israel. Isto é de suma importância, pois o profeta Ezequiel diz que é necessário, nesse processo de restauração, uma grande e única “Teshuvá”, a troca do coração de pedra por um coração de carne, onde um novo Espírito é colocado dentro de cada judeu. E, nesse momento, vemos no mesmo texto do profeta que eles voltarão para a Torá (Ez 36:26, 27). É como se D’us estivesse deixando claro que o povo judeu precisa receber um coração novo pela fé em Yeshua (único modo bíblico de se nascer de novo e em Espírito [João 3:3]) e agora, nesta inefável graça, o judeu voltaria a cumprir as leis da Torá em Yeshua, através de seus mandamentos, estatutos e ordenanças.
Assim, D’us está agindo e está no controle de todas as coisas. Até mesmo uma vitória do Hamás nas eleições do povo palestino está absolutamente no controle de D’us, mesmo que nesse momento tal fato nos pareça incoerente. Mas, não o é.
Imaginem que os 12 milhões de judeus espalhados pelo mundo dobrassem em quantidade considerando aqueles que estão assimilados, e ainda que todos desejem agora restaurar e voltar às suas raízes judaicas fazendo sua “alyiah” para Israel. Seria necessário uma terra prometida de no mínimo 5 vezes o tamanho do Israel atual. Será, então, que D’us trará a todos? Provavelmente, não! E, quem Ele convidaria a voltar a Sião? O Salmista entendeu que somente D’us tem o registro dos povos e somente Ele é capaz de dizer: “…este nasceu aqui e este nasceu ali.”(Sl 87:6). Ora, pergunto eu: Se Ele tem o registro dos povos, então, Ele define e chama por Si próprio a quem quer chamar.
Às vezes questiono certos fatos, como: – por que D’us deu a cada um de nós uma única impressão digital? Por que a íris de nosso olho serve de identificação entre todo ser humano? Por que nossa identidade genética é única e ao mesmo tempo parte de uma determinada raça ou país? Teria Ele escondido no DNA humano alguma característica peculiar para identificação dos povos, em especial, o povo hebreu? Eu creio que sim, embora mais pela fé do que pelas evidências científicas que estão ainda sujeitas a erros e a enganos.
::. Uma grande surpresa para mim!
Através de meus ancestrais, tomei conhecimento que éramos descendentes de judeus portugueses que vieram para o Brasil no século XVIII, em específico para Minas Gerais, no período do ciclo do ouro. Porém, tal informação era um tanto vaga e vazia, pois nossa memória judaica havia se perdido quase por completo. Tal fato deixou de ser importante para mim e para meus familiares. Lembro-me que nos sentíamos acuados e até mesmo envergonhados de dizer sobre tal descendência, pois na boca do povo éramos tratados como “aquela raça de gente má que matou Jesus”. Mas, após três décadas de vida, num belo dia, conheci e recebi Yeshua como meu Senhor e Salvador. Minha vida mudou por completo. Então, pelas Sagradas Escrituras, comecei a entender a importância do povo judeu para D’us, para o mundo e para a Igreja. Corri atrás de vários livros sobre a história da Inquisição a fim de conhecer mais sobre a história do meu povo. Compilei fatos, verdades e tradições e resolvi escrever um próprio livro que ressaltasse a importância desse tema. Questionei a D’us se era possível para um descendente assimilado e desmemoriado das tradições e da cultura judaica, como eu, retornar ao chamado irrevogável de D’us quanto ao povo escolhido. Pela Bíblia, entendi que tinha tal direito. Mas, e os documentos necessários para provar tal “judaicidade”? Como os conseguiria?
Foi então que descobri um laboratório de Engenharia Genética em Houston-EUA, que vem desenvolvendo atualmente uma série de pesquisas genealógicas através da análise de DNA, especificamente dos haplotipos cromossomiais. Após confirmar a idoneidade deste laboratório, enviei meu DNA para análise. Para minha surpresa, meus ancestrais não tinham origem portuguesa e nem espanhola, como meus familiares pensavam. Meu perfil étnico, através de haplogrupos, foi definido como “judeu inglês”, com características do povo nórdico da Europa (povo viking). Além do mais, vários marcadores de cromossomos indicaram também uma descendência chamada de CMH (Cohen Modal Haplotype), ou seja, um tipo de forma cromossomial encontrada apenas nos judeus descendentes da tribo Levi, os sacerdotes (Cohen). Assim, o ter vindo de Portugal para o Brasil era somente uma história de passagem, mas não de origem de meus familiares. Surpresa total!
::. E agora? O que muda com esse resultado de DNA “judaicamente” positivo?
Antes de responder a esta pergunta, lembremo-nos que pela Palavra (Gal 3:28-29) não há diferença entre judeu e gentio quanto à salvação, pois ambos precisam de Cristo.
Segundo, somente há diferenças entre judeu e gentio quanto ao papel específico dado ao povo judeu e à Casa de Israel. Pois, o chamado de D’us é irrevogável para os hebreus (Rm11:29). Isto não é nenhum privilegio, mas somente maior responsabilidade em cumprir tal chamado e tais profecias concernentes a esse povo e a essa nação.
Para mim, tal confirmação de minha judaicidade não muda em nada meu chamado ministerial, apesar da minha imensa e incomensurável alegria por tal confirmação. Pois, já cria e vivia dentro dos princípios da restauração bíblica prescrita para um filho de Israel. Mas, é claro que a responsabilidade agora aumenta mais. Um bom exemplo dessa responsabilidade é que se agora D’us me chamar para voltar a Israel, eu tenho que ir e obedecer a sua voz. Como gentio crente não teria tal obrigação.
Mas, creio que estamos ainda num princípio de muitos fatos e comprovações que terão que suceder. Um deles é que o próprio governo de Israel aceite e decida sobre a validade deste tipo de exame de DNA e defina qual o percentual de judaicidade seria aceitável, pois judeus puros, simplesmente puros sem miscigenação, é algo muito raro.
::. E agora, o que muda se o resultado de DNA fosse negativo quanto à descendência judaica?
Creio que também não mudaria quase nada. Além do mais, num futuro próximo haverá exames mais sofisticados, penso eu, que darão mais informações genéticas em relação à precisão dos exames atuais. O que é mais importante é saber que, em Yeshua, um gentio é enxertado na Oliveira que é Israel, e por isso ele participa da mesma seiva e da mesma raiz como diz Paulo em Romanos 11, verso 17. Assim, ele também se alegrará por ser gentio, pois o Senhor de Israel o escolheu para participar da mesma seiva, das mesmas bênçãos, porém sem a responsabilidade de cumprir as profecias específicas para o povo judeu e para Israel.
Além do mais, conforme dito pelo profeta Isaías, D’us tomará gentios (estrangeiros ou “goim”) crentes, evidentemente em Yeshua, para ajudar na restauração espiritual e física de Israel ( Is 14:1). Então, há lugar e responsabilidade para todos.
::. Um Alerta
Se tais tipos de exames de DNA para descoberta de genealogias podem ser confiáveis e seguros, com certeza eles nos ajudarão em muito na definição dos membros do movimento judaico-messiânico, onde o judeu deve viver como judeu e o gentio como gentio, sem jamais ser judaizado, ou seja, transformado em judeu. Que cada um floresça segundo o seu chamado! ( I Co 7:20).
Creio, pessoalmente, que ainda muitas descobertas virão. Mas, até que se prove o contrário, o melhor que se pode fazer é viver intensamente os dias da Restauração de todas as coisas, testemunhando e esperando pelo grande “Acharit Haamim”, os dias vindouros do nosso Messias Yeshua, que em breve voltará como Ben David ( Filho de Davi) com glória e poder. Maran Ata! (Vem depressa!)
Líder e fundador do Ministério Ensinando de Sião-Brasil e da Congregação Judaico-Messiânica Har Tzion - Belo Horizonte - MG. www.ensinandodesiao.org.br – www.tvsiao.com – www.ccjm.org.br
http://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/usaria-dus-o-dna-pra-trazer-seus-filhos-de-volta-a-siao/

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