Bancário é o bode expiatório do governo

Bancário é o bode expiatório do governo

Os bancários chegaram ao 30º dia de greve forte nesta quarta-feira e os banqueiros insistem em propor um reajuste abaixo da inflação, com perdas para os trabalhadores. A tentativa de rebaixamento dos salários pelos bancos possui um importante aliado, ou mesmo um protagonista “oculto”: o governo Temer.

Não é verdade que os bancos não podem pagar a inflação. Os bancos estão se somando ao governo para derrotar a política de reposição salarial, que é a intenção deste governo golpista para todas as categorias. 

Mais ou menos como foi em 1994, na greve dos petroleiros, quando o sindicato da categoria fez a primeira greve na era FHC e o governo impediu a Petrobras de dar o reajuste, exatamente para manter o arrocho salarial que pretendiam para todos os trabalhadores.

Os bancários estão sendo penalizados, feitos de bode expiatório, por um governo que quer aplicar uma política econômica de retirada de direitos e falsa austeridade. É a primeira categoria que se insurge contra essas questões. Aí eles [governo] propõem congelar gastos públicos por 20 anos, o que significa congelar investimentos em educação, saúde e também salários, de trabalhadores públicos e privados. É contra isso que estamos lutando. Contra essa política econômica equivocada, que diminui o fluxo de entrada de recursos dos salários na economia e, por consequência, reduz o consumo.

 Estou me referindo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, de autoria do governo Temer, que tramita na Câmara dos Deputados e que prevê o congelamento dos investimentos do Estado por duas décadas.

Sergio Domingos Vieira.

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