CUIDADOS NA ESCOLHA DE UM PASTOR
CUIDADOS NA ESCOLHA DE UM PASTOR
Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. (Hebreus 13:17)
As eleições pastorais representam um momento importante na vida da Igreja. Os textos acima nos ensinam a importância do pastorado na vida da Igreja local: (1) Pela responsabilidade dos pastores, que devem guiar o povo de Deus, pregar-lhes a Palavra de Deus, velar pelas almas e fazer tudo isto com alegria. (2) Pelos deveres dos membros para com eles: lembrar-se deles em oração, considerar a vida deles, imitá-los, obedecer-lhes e ser-lhes submissos. Considerando a importância do assunto, devemos ter alguns cuidados necessários na escolha de um pastor.
1. Lembrarmos do privilégio que isto representa – O Senhor Jesus escolheu pessoalmente os doze apóstolos. A partir daí, as igrejas locais fundadas pelos apóstolos passaram a eleger seus pastores e líderes, sob Deus (Atos 6.3; 14.23). Que grande privilégio para as igrejas locais! Isto mostra que Deus confiou às igrejas a escolha sábia e acertada dos seus líderes.
2. Não julgar pelas aparências – Se o que vale é a aparência do pastor, o jovem pastorzinho Davi não seria eleito em nenhuma igreja moderna! A verdade é que por detrás de uma aparência atraente às vezes se escondem péssimos pastores. Quase todos os seminaristas que deram problemas, quando fui professor e diretor de seminário, eram bem apessoados, simpáticos, galantes, atraentes. E no ministério, deram problemas atrás de problemas. Geralmente, maus pastores compensam os defeitos com um show de aparência, eloquência, teatralização, lábia e enrolação.
3. Não tomar posição por rótulos – Os rótulos podem descrever adequadamente um ou outro aspecto do pensamento e trabalho das pessoas. Porém, muitas rotulações são injustas e indevidas. Especialmente os pastores têm, às vezes, de lutar contra rotulações injustas toda a sua vida. Os rótulos mais usados no ambiente presbiteriano para definir os posicionamentos de pastores são: Pentecostal (ou neopentecostal), Liberal, Puritano (ou neopuritano, ou ainda, puritânico) e Fundamentalista. Existem alguns perigos com o uso de rótulos: (1) Eles nunca descrevem adequadamente o posicionamento de um pastor ou alguém – sempre é reducionista, pois focaliza em um determinado aspecto negativo do ministério do pastor. (2) Eles servem para xingamento e marcação. (3) Eles são injustos e cruéis. Pior ainda é quando os cristãos se rotulam sem ao menos conhecer uns aos outros, somente por informação de terceiros. Portanto, não cabe numa eleição formar opinião por rotulação. Cada membro deve procurar conhecer ao máximo os candidatos.
4. Não achar que qualquer um serve – Na verdade, para alguns irmãos, qualquer pastor serve. Estes irmãos não têm discernimento doutrinário, não são profundos doutrinariamente, não conseguem ver a diferença entre sã doutrina e invenções da cabeça do pastor. São pragmáticos: qualquer tipo de culto serve. Não se importam de ficar anos a fio debaixo do ministério de um pastor fraco. Porém, um pastor inadequado pode trazer grandes males a uma igreja. Ele pode dividir a Igreja, pode matá-la de fome espiritual, pode introduzir doutrinas e práticas anti-bíblicas ou anti-presbiterianas, pode mudar o rumo seguro em que ela se encontra. Daí a importância de escolher bem.
5. Não se contentar com um conhecimento superficial dos candidatos – É preciso entender o momento em que os candidatos se encontram. Geralmente, desejam sinceramente ser eleitos. Portanto, darão o melhor de si durante o tempo em que estiverem sendo conhecidos e apresentados como candidatos. Pregarão os melhores sermões, vestirão as melhores roupas, adotarão as melhores posturas. Não por maldade ou desonestidade, eles procurarão passar a melhor impressão. Eles podem ser tentados a minimizar os potenciais problemas que aquela Igreja representa por acreditar que poderão suportar conviver com eles, ou na esperança de posteriormente mudar tudo. Daí a importância dos membros das igrejas se esforçarem ao máximo para conhecer os candidatos. Algumas sugestões: (1) Não forme opinião por informações de terceiros; (2) Não forme opinião por rotulação; (3) Participe dos encontros, pregações e entrevistas com os candidatos; (4) Converse com quem realmente conhece os candidatos; (5) Leia o que ele publica, desde livros e artigos até o boletim de sua igreja.
6. Lembrar que nenhum pastor tem todos os dons – Não esperem achar um pastor completo. Não existe pastor que já vem de fábrica com ar condicionado, airbag, direção hidráulica e trava elétrica. Cada pastor é mais forte numa determinada área. Nas demais áreas, ele fará a obra, embora não com tanta facilidade e eficácia. Contudo, certas aptidões são necessárias para cada Igreja. Daí a necessidade de achar, não um pastor completo (não existe), mas um pastor adequado e talhado para as necessidades da Igreja.
7. Estar prontos para acatar a vontade de Deus manifesta através da Assembléia – A assembléia da Igreja se manifesta quanto à escolha de pastor pelo voto secreto. A base para a eleição de um candidato é maioria absoluta dos votos da assembléia. Diversos resultados podem acontecer: (1) A assembléia pode eleger um candidato com grande maioria de votos; (2) A assembléia pode manifestar pelo voto que não deseja nenhum dos candidatos (votar “não” ou em branco); (3) A assembléia pode eleger um candidato por pequena margem de votos. Neste último caso, cabe ao pastor eleito nestas circunstâncias decidir se aceita ficar mesmo com margem pequena de vitória. Porém, cabe à todos os membros aceitar o resultado como sendo a manifestação da vontade de Deus para a Igreja naquele momento. Os concílios podem errar – e os que acham que a assembléia errou na escolha, devem humildemente se submeter e aguardar em oração que a própria Igreja perceba isto. Os que não votaram no pastor eleito devem acatar a vontade de Deus e orar e apoiar o novo pastor.
Por fim, lembremos que a Igreja está nas mãos de Deus. Pastores e presbíteros passam, membros passam, mas Deus continua no controle de seu povo. A sua igreja permanecerá até o dia da vinda de Cristo.
Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram. (Hebreus 13:7)
Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. (Hebreus 13:17)
As eleições pastorais representam um momento importante na vida da Igreja. Os textos acima nos ensinam a importância do pastorado na vida da Igreja local: (1) Pela responsabilidade dos pastores, que devem guiar o povo de Deus, pregar-lhes a Palavra de Deus, velar pelas almas e fazer tudo isto com alegria. (2) Pelos deveres dos membros para com eles: lembrar-se deles em oração, considerar a vida deles, imitá-los, obedecer-lhes e ser-lhes submissos. Considerando a importância do assunto, devemos ter alguns cuidados necessários na escolha de um pastor.
1. Lembrarmos do privilégio que isto representa – O Senhor Jesus escolheu pessoalmente os doze apóstolos. A partir daí, as igrejas locais fundadas pelos apóstolos passaram a eleger seus pastores e líderes, sob Deus (Atos 6.3; 14.23). Que grande privilégio para as igrejas locais! Isto mostra que Deus confiou às igrejas a escolha sábia e acertada dos seus líderes.
2. Não julgar pelas aparências – Se o que vale é a aparência do pastor, o jovem pastorzinho Davi não seria eleito em nenhuma igreja moderna! A verdade é que por detrás de uma aparência atraente às vezes se escondem péssimos pastores. Quase todos os seminaristas que deram problemas, quando fui professor e diretor de seminário, eram bem apessoados, simpáticos, galantes, atraentes. E no ministério, deram problemas atrás de problemas. Geralmente, maus pastores compensam os defeitos com um show de aparência, eloquência, teatralização, lábia e enrolação.
3. Não tomar posição por rótulos – Os rótulos podem descrever adequadamente um ou outro aspecto do pensamento e trabalho das pessoas. Porém, muitas rotulações são injustas e indevidas. Especialmente os pastores têm, às vezes, de lutar contra rotulações injustas toda a sua vida. Os rótulos mais usados no ambiente presbiteriano para definir os posicionamentos de pastores são: Pentecostal (ou neopentecostal), Liberal, Puritano (ou neopuritano, ou ainda, puritânico) e Fundamentalista. Existem alguns perigos com o uso de rótulos: (1) Eles nunca descrevem adequadamente o posicionamento de um pastor ou alguém – sempre é reducionista, pois focaliza em um determinado aspecto negativo do ministério do pastor. (2) Eles servem para xingamento e marcação. (3) Eles são injustos e cruéis. Pior ainda é quando os cristãos se rotulam sem ao menos conhecer uns aos outros, somente por informação de terceiros. Portanto, não cabe numa eleição formar opinião por rotulação. Cada membro deve procurar conhecer ao máximo os candidatos.
4. Não achar que qualquer um serve – Na verdade, para alguns irmãos, qualquer pastor serve. Estes irmãos não têm discernimento doutrinário, não são profundos doutrinariamente, não conseguem ver a diferença entre sã doutrina e invenções da cabeça do pastor. São pragmáticos: qualquer tipo de culto serve. Não se importam de ficar anos a fio debaixo do ministério de um pastor fraco. Porém, um pastor inadequado pode trazer grandes males a uma igreja. Ele pode dividir a Igreja, pode matá-la de fome espiritual, pode introduzir doutrinas e práticas anti-bíblicas ou anti-presbiterianas, pode mudar o rumo seguro em que ela se encontra. Daí a importância de escolher bem.
5. Não se contentar com um conhecimento superficial dos candidatos – É preciso entender o momento em que os candidatos se encontram. Geralmente, desejam sinceramente ser eleitos. Portanto, darão o melhor de si durante o tempo em que estiverem sendo conhecidos e apresentados como candidatos. Pregarão os melhores sermões, vestirão as melhores roupas, adotarão as melhores posturas. Não por maldade ou desonestidade, eles procurarão passar a melhor impressão. Eles podem ser tentados a minimizar os potenciais problemas que aquela Igreja representa por acreditar que poderão suportar conviver com eles, ou na esperança de posteriormente mudar tudo. Daí a importância dos membros das igrejas se esforçarem ao máximo para conhecer os candidatos. Algumas sugestões: (1) Não forme opinião por informações de terceiros; (2) Não forme opinião por rotulação; (3) Participe dos encontros, pregações e entrevistas com os candidatos; (4) Converse com quem realmente conhece os candidatos; (5) Leia o que ele publica, desde livros e artigos até o boletim de sua igreja.
6. Lembrar que nenhum pastor tem todos os dons – Não esperem achar um pastor completo. Não existe pastor que já vem de fábrica com ar condicionado, airbag, direção hidráulica e trava elétrica. Cada pastor é mais forte numa determinada área. Nas demais áreas, ele fará a obra, embora não com tanta facilidade e eficácia. Contudo, certas aptidões são necessárias para cada Igreja. Daí a necessidade de achar, não um pastor completo (não existe), mas um pastor adequado e talhado para as necessidades da Igreja.
7. Estar prontos para acatar a vontade de Deus manifesta através da Assembléia – A assembléia da Igreja se manifesta quanto à escolha de pastor pelo voto secreto. A base para a eleição de um candidato é maioria absoluta dos votos da assembléia. Diversos resultados podem acontecer: (1) A assembléia pode eleger um candidato com grande maioria de votos; (2) A assembléia pode manifestar pelo voto que não deseja nenhum dos candidatos (votar “não” ou em branco); (3) A assembléia pode eleger um candidato por pequena margem de votos. Neste último caso, cabe ao pastor eleito nestas circunstâncias decidir se aceita ficar mesmo com margem pequena de vitória. Porém, cabe à todos os membros aceitar o resultado como sendo a manifestação da vontade de Deus para a Igreja naquele momento. Os concílios podem errar – e os que acham que a assembléia errou na escolha, devem humildemente se submeter e aguardar em oração que a própria Igreja perceba isto. Os que não votaram no pastor eleito devem acatar a vontade de Deus e orar e apoiar o novo pastor.
Por fim, lembremos que a Igreja está nas mãos de Deus. Pastores e presbíteros passam, membros passam, mas Deus continua no controle de seu povo. A sua igreja permanecerá até o dia da vinda de Cristo.
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