Ver o Senhor! - Pr. Ademir Massuia

Gente querida de Deus,

Nada como ser do Senhor.
Nada como estar certo do seu amor, de seu cuidado, de sua visitação.

Há um ano, aproximadamente, iniciamos, com nosso grupo de irmãos aqui de SP, uma caminhada para um encontro pessoal com o Senhor, ao ponto de vê-Lo.
Ver ao Senhor Jesus, mesmo! Pessoalmente, face a face.
Sem importar com o que isso possa significar de fato, quanto ao tipo de visão. Deixamos isso para o Senhor.

Pressupostos
"Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor", diz o próprio Deus, pelo profeta Oséias. É o Senhor quem nos convida, não estamos errados em nossa busca.

Não se trata de conhecer coisas a respeito de Deus, como é o objeto da teologia. Trata-se conhecer Deus, pessoalmente,
Estudar é importante por muitos motivos, mas não é disso que falamos.
Não se trata de ler a respeito de Deus, como está na Bíblia e ficar somente nisso. Trata-se de buscar o Cristo da Bíblia, em crescente desejo de intimidade. E a Bíblia é tão importante que sua leitura diária e meditação seguida de prática torna-se mandatória para cada crente.
O nosso pressuposto, portanto, vai além da teologia e mesmo da leitura da Palavra.
O nosso pressuposto é que o Senhor, tal qual estuda a teologia, tal qual se expressa na Palavra, convida-nos para conhecê-lo face a face.

Esse anseio é antigo
Se você observar os cânticos de boa qualidade de todos os tempos vai constatar que a letra desperta esse anseio: Conhecer a Deus.
Os hinos mais antigos se contentavam com "Vê-lo".
"Hei de vê-Lo", "Primeiro quero ver o meu Jesus", "Sim, há de ser Glória sem par, junto a Jesus, Glória para mim. Ver o Senhor assim como Ele é, Glória das glórias será para mim".
Era um momento em que o amor pelo Senhor se contentava em vê-Lo.

Esse anseio é renovado
Os jovens cantam, hoje: "ver, abraçar", "me joga pro alto, como criança me gira no ar", "é o que eu mais quero".
A intimidade cresceu, de fato. Que bom!

Os antigos e os jovens
Tinham e têm o desejo de conhecê-Lo. O conhecimento deve satisfazer a carência gerada por tantas palavras, tantos cânticos, tantas mensagens, tantos cultos, tanto movimento.
Afinal, falamos e falamos de alguém que não se apresenta visualmente.
Falamos aos outros, mas não mostramos a pessoa de quem falamos.
Não admira que muitos enfraqueçam na fé.
As cartas de Paulo, Pedro, a Carta aos Hebreus, as outras e o Apocalipse têm por objetivo manter a esperança do encontro final com o Senhor.
Esse é um encargo para nossas almas (emoções, razão, memória): "Crer nAquele que não vemos".
Incrível esse negócio, mas é isso mesmo: O Senhor Jesus quer que nós creiamos nEle sem O ver.
E olha que ver se tornou importante demais neste mundo. Estamos na fase do ver. As imagens predominam a comunicação.
Mas Ele quer que creiamos, que envolvamos nossas vidas, que vivamos em função daquilo que não vemos.
Aí tem mistério.

O prêmio maior será vê-Lo face a face.
Winston Churchil gostava tanto de pintar que disse que os mil primeiros anos na eternidade ele gastaria pintando, depois decidiria o que mais fazer.
Eu decidi que meus mil primeiro anos seria contemplando a face do Senhor Jesus, depois partiria para outras coisas.

Uma vida de espera.
Então, vivemos os transes desse mundo, as restrições quanto à carne, carregamos nossa cruz porque temos esperança. Qual?
A esperança de vê-Lo.
Renunciamos aos prazeres deste mundo em prol de um prazer tido como compensador: "Vê-Lo face a face".
E eu sei que é realmente compensador.

A morte do corpo
A morte do corpo acaba com essa restrição, então, de certa forma, desejamos abandonar essa "morada", como diz Paulo.
E trabalhamos para que o Reino venha porque assim fazendo seremos achados vigilantes e dignos do "encontro".
E se o Reino for instalado neste planeta enquanto estivermos vivos, nós reinaremos com Ele, sem passar pela morte.
Trata-se do prêmio perfeito: "Ver o Senhor sem passar pela morte". "Ir para o céu sem morrer".
Todos querem ir ao céu, mas ninguém quer morrer.
Mas, será que, estando aqui, ainda na carne, não podemos ter encontros com o Senhor Jesus?

Em memória
Os protestantes empobreceram a Ceia tanto quanto puderam.
Com medo da "Transubstanciação" dos católicos, eles esvaziaram a Ceia do Senhor.
Ficou só o "Em memória". A ceia só serve para lembrar da morte do Senhor.
Aquilo que o protestante critica da comemoração católica da semana santa, quando o que interessa é apenas a morte da sexta-feira da paixão, o protestante assumiu para a ceia: "Só interessa a morte".
O Senhor Jesus diz: "Lembrais a minha morte em favor de vós", "Já não a comerei convosco, até que venha o Reino", mas diz: "Onde estiverem reunidos dois ou três em meu Nome, ali estarei no meio deles". "Eis que estou convosco todos os dias".
A Ceia é, portanto, uma invocação da Presença do Senhor Jesus, com palavras, alimento, cânticos, em ambiente físico, em comunhão com os irmãos.

Pense nisso
Quando alguém faz um sacrifício lá no espiritismo e come a carne e bebe o sangue, na presença da entidade, acaba ficando tão cheio daquela coisa ruim que dá trabalho para ser liberto e manter-se liberto. Vidas são destruídas. É o poder do sacrifício que acontece na desobediência.
Imagine o quanto significa uma Ceia tomada na Presença do Cristo Vivo. Imagine qual é o poder do Sacrifício que acontece na obediência.
Mas o teólogo herdeiro do modernismo (essa coisa que já morreu em 1950, mas continua como instrumento de domínio) tem medo de perder o controle, tem medo do desconhecido. Assumiu para si o dever de controlar para que o Senhor não se manifeste além de certos limites.


Pense nisso 2
O batismo deve significar a morte para a vida que se levava. Trata-se de cessação do que existia até agora, por isso submergimos a pessoa. Morreu.
E a segunda parte é o novo nascimento. Nascer para o Senhor Jesus.
Mas, criaram compromissos para o recém-convertido de modo que ele se liberte de uma escravidão e entre em outra. São promessas e mais promessas de submissão a homens e seus sistemas atrasados e ineficientes.
Decidi isso: Quem eu batizar vai ter que declarar publicamente: "Eu sou de Jesus". Lá, na frente da igreja, no dia do exame público - e isso será o suficiente,
E, no momento do batismo vai gritar para toda a igreja "Eu sou de Jesus", lá de dentro do batistério.
E, antes que diga ou que pense em mais alguma coisa eu o "enterro".
É marcante. Já houve quem começasse a dançar, dentro do batistério, tal a alegria de ser do Senhor, assim que se levanta da morte para a nova vida.

Estamos na caminhada para "Ver o Senhor". Nós não somos capazes de fazer, nem de saber como fazer essa caminhada, mas posicionamos nossos corações nesse sentido e o declaramos ao Senhor com os nossos lábios, crendo que Ele assume a direção. A intimidade cresce, caminhamos em direção à maturidade cristã.
Coisas acontecem. Quer nos parecessem, antes, boas ou ruins, já não nos interessa, uma vez que estamos certos de que fazem parte do que tem que acontecer para que cheguemos no prêmio maior: "Ver o Senhor".
A vida fica muito melhor, de fato.

A gente se fala,

Pr. Ademir Massuia

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