Primeiras impressões do Ubuntu 11.04

ubuntu logo 1 Primeiras impressões do Ubuntu 11.04
Todo lançamento de uma nova versão do Ubuntu é sempre uma grande festa, e cada release uma expectativa.
O Ubuntu 11.04 - Natty Narwhal, está vindo com grandes novidades, e dentre a mais polêmica, com certeza é o uso do Unity ao invés do Gnome Shell.
Ontem um amigo da faculdade (Kleryston Roberto), baixou e testou o Ubuntu 11.04 em seu Netbook, e mesmo não tendo gostado à princípio da idéia da Canonical, ele percebeu que o sistema está em um excelente nível de maturidade. Ele nos disse o que achou do novo Ubuntu, então pedimos que ele escrevesse um artigo para o Algoritmizando, para compartilhar com vocês também esse conhecimento!
A equipe do Algoritmizando agradece ao Kleryston por essa excelente contribuição à comunidade.
Bruno Barbosa – Co-Fundador Algoritmizando

Primeiras impressões do Ubuntu 11.04

Às vésperas do lançamento oficial do Ubuntu 11.04 “Natty Narwhal”, eu estava um pouco receoso e apreensivo. Confesso que não via com bons olhos a decisão da Canonical em optar pelo Unity como nova interface padrão do seu sistema operacional. Tudo bem que, por agora, será oferecido o Gnome como alternativa, até mesmo para os usuários que não se adaptarem bem a essa novidade. Mas até quando? Esta era minha pergunta.
O meu primeiro contato com o Unity – ou seu projeto inicial – foi na versão 10.04 com o Ubuntu Netbook Remix (UNR). Tinha comprado um netbook e precisava de um sistema que se adaptasse ao pequeno tamanho de sua tela. O UNR aproveitava bem as sete polegadas e produzia um redimensionamento de janelas adequado àquele computador.
O problema é que nunca gostei desta versão para netbook. Apesar de oferecer uma boa apresentação dos programas em uma pequena tela, eu não achava aquele sistema intuitivo e nem de fácil manipulação.
Com o anúncio de que o Ubuntu tomaria novos rumos em seu desenvolvimento, fiquei bastante chateado. Cheguei a pensar em outras distribuições. Não que eu não goste do Fedora ou de outras distros de altíssimo gabarito, no entanto, eu sempre nutri um certo carinho pelo Ubuntu por ter sido ele a minha porta de entrada para o GNU/Linux.
No intuito de tomar uma decisão e acabar logo com essa agonia, resolvi fazer algo que eu não tinha feito em nenhuma das distribuições anteriores: baixar a versão beta e testá-la de uma vez por todas. Criei um Live USB no próprio Ubuntu 10.10 presente no notebook e o resultado dessa experiência é o que tentarei descrever neste artigo, ainda que superficialmente.
Para minha satisfação e alívio, a nova versão do Ubuntu me surpreendeu muito positivamente. E não só a mim, minha esposa também adorou o visual (sim, ela também usa Linux). Talvez nossos olhos tenham se enchido por ter feito o teste primeiramente em uma máquina decente e não em meu netbook – que eu nem considero um computador de verdade, mas um meio de acesso à Internet. Entretanto, pareceu-me evidente que, em termos de funcionalidade, intuitividade e beleza, o Natty Narwhal pouco me lembrou seus “rascunhos” anteriores. A equipe de Mark Shuttleworth caprichou em seu novo brinquedinho.
A tela de carregamento do sistema não traz novidades em relação a seu antecessor – e nem precisava: eu já a considero impecável. Na tela onde se opta por “experimentar” o Ubuntu ou “instalá-lo” em sua máquina, nota-se sutis modificações como no ícone de rede sem fio, que tem a forma de um setor circular vazio quando a rede não está conectada. Entretanto, isso é só o detalhe. A coisa muda de figura mesmo quando o sistema entra de vez no ambiente de trabalho.
O visual é espetacular! Os ícones receberam uma repaginada e estão mais bonitos e atraentes. A barra lateral (dock) está bem mais apresentável e traz, por padrão, botões mais úteis, com é o caso do que abre o diretório pessoal.
Outra evolução significante foi a exibição da “Área de Trabalho” sem a necessidade de recorrer ao diretório pessoal, o que não ocorria no UNR e me deixava perturbado com a falta de objetividade.
A presença do Firefox 4.0 e da suíte LibreOffice 3 colabora com os ares de modernidade que permeiam esse sistema operacional. Falando em modernidade, a combinação da janela de aplicativos com a barra superior ficou fantástica e a ocultação automática da barra lateral e seu modo de notificação, quando uma janela é aberta em segundo plano, deram um show à parte. Obteve-se, com essas modificações, a sensação de mais espaço para a visualização e trabalho, como se o monitor fosse maior do que realmente é.
Não cheguei explorar os recursos do compiz, efeitos em 3D e outras tantas possibilidades oferecidas pelo sistema. Essa crítica mais complexa e detalhada cabe ao pessoal entendido e mais experiente no assunto.
É claro que, como toda mudança, esta também tem seus pontos negativos. Por mais intuitivo que o novo Ubuntu pareça e as melhorias trazidas por ele tenham sido significativas, não há como fazer algo revolucionário sem a necessidade de um período de adaptações e sem desagradar a alguns usuários.
Entretanto, mesmo sem grande profundidade em minhas análises, tenho a dizer que o novo Ubuntu me impressionou a ponto de me deixar ansioso para baixá-lo no próximo dia 28, instalá-lo em minha máquina e continuar com novas descobertas. Estou certo de que este é apenas o começo de uma nova era e muita coisa boa ainda está por vir para a distribuição GNU/Linux mais popular do planeta.
Vida Longa ao Ubuntu!!!”
Abaixo, algumas telas tiradas já com o Ubuntu 11.04:

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